No ano passado, as vendas de fertilizantes, também recordes, somaram 28,32 milhões de toneladas de fertilizantes no mercado brasileiro. Apesar dos índices nacionais de venda de fertilizantes registrarem alta, o Rio Grande do Sul apresenta atualmente um período de estagnação de preços e das vendas.
Segundo o Engenheiro Agrônomo, e vice-presidente da Cotrijal, Jairo Marcos Kohlrausch o mercado passa por um momento lento. “Ainda existe uma procura por parte dos produtores que não compraram no cedo, e resolveram esperar este momento. Têm acontecido alguns poucos negócios, mas até pela dificuldade de liquidez e pela frustração de certa forma da safra de milho e soja, só quem está comprando agora é aquele que não comprou pra plantar soja, e alguns poucos negócios de pessoas que estão investindo nas safras do ano que vem”, explica Kohlrausch.
O preço, no mercado internacional e nacional se mantém estável, segundo o vice-presidente. “Há praticamente 60 dias, o preço está estável. A maioria das notícias é de estabilidade e até de redução. Chegaram a cogitar que os fosfatados até subiriam, mas agora vai depender muito de algum movimento dos EUA, que por enquanto está devagar. Está uma quebra de braço, entre fornecedor e produtor rural, pois com esta quebra no Brasil e no exterior, o produtor está adiando suas compras”, afirma ele.
No último ano o Brasil registrou recordes de comercialização de fertilizantes, atingindo com mais de 28 milhões de toneladas entregues aos produtores rurais. Atingindo um índice de 8,5% de aumento nas vendas, como média nacional. O número significa aumento de 15,5% em relação a 2010.
As vendas internas de fertilizantes no Brasil cresceram 4,8% entre janeiro e agosto deste ano, para 17,79 milhões de toneladas, na comparação com igual período de 2011, informou a Associação Nacional para a Difusão de Adubos (Anda).
Segundo números da Associação, o Estado tem aumentado os níveis do elemento Fósforo (P) nos últimos anos, bem como os níveis de Nitrogênio (N) utilizados como fórmula média. Em 2004, eram utilizados os níveis correspondentes a N – P – K (Nitrogênio, Fósforo e Potássio), 11 – 15 – 17, e em 2010, são registradas as médias de 12 – 17 – 13 correspondem respectivamente à fórmula, caracterizando a mobilidade dos nutrientes no solo.
“O produtor está fazendo seus cálculos de investimentos dos últimos anos e está percebendo que possui uma relação boa no que diz respeito a custo e benefício. E cada vez mais não existe um momento especial para a compra, existem sim as oportunidades que o mercado oferece, e o produtor que está capitalizado está de olho nestes bons momentos e tirando proveito disso”, completa um dos responsáveis pelo departamento técnico da Cotrijal. Os investimentos têm apresentado retorno nos números de produção, e por isso é crescente as parcerias de produtos entre melhores genéticas de sementes aliadas à uma otimização de fertilizantes aplicados.
“Há anos atrás plantávamos através do plantio convencional e quando iniciamos a utilizar as técnicas do plantio direto todos duvidavam. Hoje estamos iniciando a aplicação de precisão através de análises de solo, quando economizamos na aplicação onde realmente é necessário” comenta o agricultor carazinhense, Lotar Kienast.
As safras matem-se seguras através da utilização de variedades genéticas com potenciais cada vez mais tecnológicos, ofertando aos produtores alcançar patamares cada vez maiores e sucessivos de produtividade. Para isso, uma adubação equilibrada e otimizada, garantindo a expressão total deste cultivar. O restante desta garantia se reflete nos fatores climáticos, e com isso ainda o produtor não pode se precaver.
“O produtor tem investido cada ano mais em fertilizantes, até porque ele está tendo resultados. Quem vinha adubando bem vem colhendo bem, então quem colheu bem, irá cada vez mais investir em fertilizantes. E os bons preços chamam investimentos em fertilizantes e tecnologias, e com isso cresce o consumo por parte dos produtores. A nossa região é uma região que usa alta tecnologia, e ela tem diversas alternavas de cevada e trigo no inverno, e o trabalho todo que se faz para o produtor se faze para o produtor explorar ao máximo estas áreas no inverno”, conclui Jairo Marcos.
Fonte: Diário da Manhã - Passo Fundo