31 julho, 2012

Milho - Pragas - Lagarta rosca (Agrotis ipsilon)

Importância econômica

Predomina em áreas de solos pesados, mal cultivado ou seja áreas "sujas". Os danos resultam da redução da população de plantas produtivas cujos prejuízos são proporcionais a taxa de infestação.

Sintomas de danos

As larvas atacam a região do coleto, cortando as plantas na base o que provoca morte ou perfilhamento. Em áreas muito infestadas nota-se muitas plantas cortadas, mas os insetos não são facilmente visíveis já que têm atividade preferencialmente noturna.

Figura: Lagarta-rosca (Agrotis ipsilon).

Métodos de controle

Os culturais envolvem a antecipação da eliminação de plantas daninhas principalmente via dessecante o que pode reduzir a infestação, pois as mariposas preferem ovipositar em plantas ou restos culturais ainda verdes. O tratamento de sementes com inseticidas sistêmicos também é recomendado em áreas com histórico de incidência dessa praga. Em áreas menores é recomendado também a distribuição de iscas preparadas a base de farelo, melaço e um inseticida sem odor como o trichlorfon.

Fonte: Sistemas de Produção EMBRAPA

Produtores rurais têm condições especiais para regularizar dívidas com o BB

Os produtores rurais que têm dívidas vencidas com o Banco do Brasil (BB) até 30 de junho deste ano estão sendo chamados para renegociar os débitos em condições especiais até o final do mês de setembro, segundo informou na quinta-feira (26-07) o gerente executivo da Diretoria de Reestruturação de Ativos do BB, Oldemir Senner Geng.

Geng disse que há em torno de 250 mil contratos inadimplentes, com os mais distintos valores possíveis, muitos deles já renegociados no ano passado, de modo que fica difícil estimar um valor total passível de renegociação. Ele ressaltou, no entanto, que é um número significativo, uma vez que oportunidade semelhante, oferecida em 2011, recalculou dívidas no total de R$ 2,3 bilhões.

O gerente executivo explicou que as condições de agora são melhores do que as do ano passado, pois além de juros menores é possível flexibilizar o percentual de entrada mínima para renegociação, que era 20% e agora cai para 10%, e parcelar o débito em até dez anos. Quanto maior a entrada, melhores as condições para recálculo dos encargos financeiros.

De acordo com o gerente do BB, as operações serão analisadas caso a caso, em razão da diversidade de situações e da existência de dívidas de agricultores que não são mais clientes do banco. Segundo Geng, qualquer que seja a situação, o BB tem interesse em fortalecer o relacionamento com a produção rural e contribuir para que seus agentes mantenham a atividade produtiva.

Fonte: Agência Brasil

Exportações caem e prejudicam mercado do Boi Gordo

Boletim Custos e Preços, da CNA, também avalia situação dos mercados de milho, soja, feijão, café, algodão, arroz, cacau e leite.

A despeito da variação cambial no mês de julho, as exportações de carne bovina caíram 13% em quantidade e 10,8% nos preços médios, atingindo principalmente alguns destinos que comercializam cortes de baixo valor agregado, o que contribuiu para a queda dos preços da arroba do boi gordo no mercado interno. Em julho, a cotação do boi gordo atingiu R$ 89,27 por arroba em São Paulo, desvalorização de 1,8% em relação ao mês anterior. Na comparação com o mesmo período de 2011, a queda foi de 6,9%, segundo o Boletim Custos e Preços, da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), que também traz avaliações sobre os mercados de soja, feijão, café, algodão, arroz, cacau, leite e milho.

No boletim de julho, a Superintendência Técnica da CNA lembra que os preços da ração seguem em alta, influenciados pela valorização da saca de milho, o que pode elevar os custos de produção e a rentabilidade da pecuária de corte e de leite nos próximos meses. Em Unaí (MG), a cotação do milho subiu 24% em julho na comparação com o mês anterior, para R$ 25,20 por saca de 60 quilos. A grande produção de milho safrinha – estimada em 34,5 milhões de toneladas – tem pressionado os preços do cereal e a preocupação dos produtores, neste momento, é com o escoamento de parte desse volume. Apesar da colheita recorde, as notícias de perdas consideráveis na safra norteamericana de milho podem influenciar o ritmo de preços do grão, elevando os custos da pecuária, da avicultura e da suinocultura.

Os preços da soja também subiram em julho e alcançaram o patamar de R$ 78,20 por saca de 60 quilos em Londrina (PR), valorização de 20,8% em relação ao mês anterior e de 73,9% na comparação com igual período de 2011, desempenho influenciado pelo cenário externo, onde as atenções estão voltadas para o impacto do clima seco para a safra norte-americana. Em seu mais recente relatório, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) reduziu em quase 28,81 milhões de toneladas sua estimativa para a produção mundial de soja.

CAFÉ – O boletim Custos e Preços mostra, ainda, que o preço da saca 60 quilos de café subiu 15,8% em Luís Eduardo Magalhães (BA) para R$ 376 em julho. Na comparação com julho de 2011, a queda é de 17,4%. “O atraso para a entrada da nova safra brasileira em função da colheita mais lenta tem reduzido a disponibilidade de produto no mercado, evitando maiores quedas nos preços”, informa a CNA.

Fonte: AGROLINK (http://www.agrolink.com.br)

Cientistas querem associar fabricação de bioplásticos à cadeia de produção do etanol

Com a expressiva produção brasileira de etanol, torna-se cada vez mais importante desenvolver novas alternativas de utilização para os subprodutos e resíduos da cana-de-açúcar. Uma das possibilidades consiste em associar à cadeia produtiva do etanol a fabricação de polihidroxialcanoato (PHA), um plástico biodegradável que pode ser produzido por bactérias a partir do bagaço da planta.

Esse foi um dos temas discutidos nesta quarta-feira, 25, primeiro dia do workshop "Produção Sustentável de Biopolímeros e Outros Produtos de Base Biológica" (Sustainable Production of Biopolymers and Other Biobased Products), realizado na sede da FAPESP. O objetivo do evento de dois dias é reunir a comunidade acadêmica e empresarial para discutir o desenvolvimento de produtos de base biológica no contexto do uso de recursos não renováveis pela sociedade.

O workshop faz parte das atividades do Programa FAPESP de Pesquisa em Bioenergia (BIOEN) e tem apoio do Programa Ibero-Americano de Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento (CYTED), iniciativa intergovernamental de cooperação entre 19 países da América Latina, Espanha e Portugal e do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP).

De acordo com a organizadora do evento, Luiziana Ferreira da Silva, professora do ICB-USP, o Brasil acumula 20 anos de pesquisas sobre o PHA, com bons resultados e uma série de patentes. Uma tecnologia desenvolvida pelo ICB-USP, pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e pela antiga Cooperativa dos Produtores de Cana, Açúcar e Álcool do Estado de São Paulo (Copersucar) já foi transferida para uma empresa em São Paulo.

Segundo Silva, o PHA é um material sintetizado por certas bactérias a partir de material orgânico. Uma vez extraído das bactérias, gera um polímero que pode ser moldado da mesma forma que os plásticos de origem petroquímica, com a vantagem de ser biodegradável.

"Isso permite que se obtenha material com propriedades plásticas ou elastoméricas usando uma bactéria e um material renovável pela agricultura, como a cana-de-açúcar, a soja, ou resíduos. Por ser um plástico biodegradável feito a partir de matéria-prima renovável, o produto adquire interesse ambiental na totalidade de sua produção e aplicação", disse Silva à Agência FAPESP.

Além de serem materiais biodegradáveis, os bioplásticos PHA podem também ser biocompatíveis, isto é, podem ser aplicados sem rejeição no organismo de pessoas e animais. "É uma alternativa interessante para os plásticos de origem petroquímica. Para ter uma ideia da gama de aplicações, basta olhar à nossa volta e contar o número de objetos de plástico que nos cerca", disse Silva.

O PHA pode ser utilizado para fabricação de filmes plásticos biodegradáveis, por exemplo. "Um grande volume de absorventes e fraldas são revestidos por filmes plásticos. O descarte desses materiais é um problema ambiental grave. Se tivermos um polímero biodegradável que possa substituir o filme utilizado neles, estaremos contribuindo para manter a qualidade do meio ambiente", explicou Silva.

Outro exemplo de aplicação é a fabricação de microcápsulas biocompatíveis contendo medicamentos, ou hormônios, ou a produção de implantes para liberação controlada de fármacos. "Os PHA podem ser usados também para fazer pinos ortopédicos que são degradados pelo nosso organismo e não precisam ser retirados depois da recuperação da lesão", afirmou.

Embora o BIOEN tenha foco em biocombustíveis, os estudos sobre PHA e outros biopolímeros e produtos de base biológica se encaixam na vertente do programa voltada para "Biorrefinarias e Alcoolquímica".

"O bagaço da cana-de açúcar pode ser usado para produzir energia a partir da combustão, ou para produzir o chamado etanol celulósico. Mas esse etanol não é produzido pela mesma levedura que produz o etanol de primeira geração", disse Silva.

Quando o bagaço é "quebrado", há uma mistura de açúcares. A levedura que usa a glicose para fazer etanol não usa a xilose. Ainda que o bagaço seja quebrado e inserido na fermentação, para que a levedura produza o etanol ela utilizará só a glicose, mas não a xilose.

"No BIOEN, vários pesquisadores estudam como fazer para que a levedura que produz etanol utilize também a xilose, aproveitando o bagaço. No entanto, outros produtos de base biológica podem ser produzidos a partir da xilose", disse Silva.

Com a produção de PHA, os cientistas querem oferecer uma alternativa para o uso do bagaço. "Se ninguém conseguir que a levedura use a xilose para fazer etanol, teremos alternativas, como fazer bioplásticos. Nossa ideia é que seria possível implantar biorrefinarias, que seriam usinas de álcool associadas a pequenas empresas que produzam bioplástico, ou outro produto que use a xilose", destacou.

Interação com empresas

De acordo com a professora do ICB-USP, da perspectiva da pesquisa científica, para chegar nesse estágio, será preciso continuar estudando, por exemplo, a modificação de bactérias para que elas produzam diferentes tipos de bioplásticos. Mas, além do ponto de vista estritamente científico, para que se chegue a um processo sustentável será preciso agregar profissionais de outras áreas e aprofundar a interação com o setor industrial.

"Um dos gargalos consiste em controlar a composição dos bioplásticos. Mas não podemos trabalhar apenas na bancada do laboratório, sem contato com o setor produtivo. Por isso trouxemos empresas para o workshop. Para que os processos sejam aplicáveis em larga escala, temos que interagir com elas e levantar problemas como a questão de biossegurança, das propriedades do plástico e da sustentabilidade", disse Silva.

"Precisamos nos associar às empresas para entender quais são suas demandas e trabalhar em conjunto. Não é da nossa competência fazer análise econômica, ampliação de escala, análise do mercado, por exemplo", disse.

Ao mesmo tempo que buscam ampliar a interação com as empresas, os cientistas procuram usar todas as ferramentas disponíveis para desenvolver bons microrganismos produtores de polímeros. Segundo Silva, os estudos incluem o silamento de novos microrganismos, a produção de novos mutantes, a realização de metagenômica, de engenharia metabólica e de engenharia sintética, por exemplo.

"Temos que testar tudo o que for possível para termos diferentes polímeros, com diferentes composições, resultando em diferentes propriedades, que possibilitam amplas aplicações. Estamos fazendo todos os esforços possíveis – científicos e industriais – para atingir um nível de polímeros biodegradáveis alternativos e sustentáveis", afirmou.

Fonte: AGROLINK (http://www.agrolink.com.br) / Folha WEB (http://www.folhaweb.com.br)

Milho - Pragas - Curuquerê dos capinzais (Mocis latipes)

Importância econômica

Essa praga é de importância secundária para a cultura do milho. Porém, em determinados locais pode ocorrer alta infestação da praga, demandando controle imediato para evitar elevada perda no rendimento de grãos.

Sintomas de danos

A lagarta alimenta das folhas do milho deixando somente a nervura central. A infestação geralmente desenvolve em gramíneas ao redor da lavoura e quando ocorre competição por alimento, as lagartas emigram para o milho. Para evitar danos, é necessário realizar vistorias frequentes na fase vegetativa da lavoura, principalmente em áreas vizinhas às pastagens.

Figura: Curuquerê-dos-capinzais (Mocis latipes).

Métodos de controle

O método químico é o mais utilizado e eficiente para o controle dessa lagarta. Porém, nem sempre é necessário aplicar o inseticida em toda área da lavoura, uma vez que a infestação inicia pelas bordas da cultura e a pulverização localizada sobre a área infestada é bastante eficiente. Apesar do tamanho, a lagarta é muito sensível a ação da maioria dos inseticidas recomendados para o controle da lagarta-do-cartucho. A aplicação do inseticida pode ser realizada tanto por pulverização convencional ou via água de irrigação por aspersão.

Fonte: Sistemas de Produção EMBRAPA

Milho - Pragas - Percevejo Barriga Verde (Dichelops furcatus, D. melacanthus), verde (Nezara viridula)

Importância econômica

Os percevejos são pragas tipicamente da soja, mas com o plantio do milho em sucessão ou mesmo em rotação passaram a causar danos também ao milho logo após a emergência das plantas. Os danos ocorrem na fase inicial de desenvolvimento da cultura, podendo causar perdas parciais ou totais das lavouras.

Sintomas de danos

Os adultos e ninfas ao se alimentarem na base das plântulas de milho, introduzem seus estiletes através da bainha até as folhas internas causando lesões que posteriormente, após a abertura das folhas, mostram vários furos de distribuição simétrica no limbo foliar, apresentando halos amarelados ao redor dos furos. Outros sintomas são a deformação das plantas podendo levá-las a morte e/ou intenso perfilhamento que são totalmente improdutivos.

Figura: Percevejos - barriga-verde (Dichelops furcatus, D. melacanthus), verde (Nezara viridula).

Métodos de controle

Pode ser feito com o tratamento de sementes com inseticidas sistêmicos ou através de pulverizações logo após a emergência das plantas quando constado a presença dos insetos.

Fonte: Sistemas de Produção EMBRAPA

Milho - Pragas - Broca da cana (Diatraea saccharalis)

Importância econômica

Tem sido mais problema em plantas mais desenvolvidas, mas essa praga pode também infestar as plantas recém emergidas. Neste caso, as plantas atacadas são totalmente improdutivas sendo os prejuízos proporcionais à redução da população de plantas.

Sintomas de danos

Os danos pela broca-da-cana em plantas novas são semelhantes aos causados pela lagarta-elasmo, folhas raspadas no inicio da infestação e posteriormente o sintoma de "como o coração morto" e/ou perfilhamento das plantas sobreviventes.

Figura: Broca-da-cana (Diatraea saccharalis).

Métodos de controle

Neste caso os métodos recomendados são os mesmos anteriormente citados. Experimentalmente, o tratamento de sementes com inseticidas sistêmicos ou pulverização dirigida para a base da planta utilizando inseticidas de efeito de profundidade e/ou de ação translaminar possibilita um bom controle da praga.

Fonte: Sistemas de Produção EMBRAPA

Milho - Pragas - Cigarrinha-das-pastagens (Deois flavopicta)

Importância econômica

O milho, o arroz e o sorgo não são considerados hospedeiros dessa espécie por não permitirem o fechamento do seu ciclo biológico. Portanto, a infestação do milho pela cigarrinha é resultado da imigração de adultos proveniente de áreas de pastagens, principalmente daquelas formadas com capins do gênero Brachiaria.

Sintomas de danos

É relativamente fácil observar a presença dos insetos alimentando-se nas folhas que após serem picadas, mostram áreas de clorose, amarelecimento e necrose, podendo causar a morte de toda planta. A sensibilidade das plantas é tanto maior quanto mais nova forem.

Figura: Cigarrinha-das-pastagens (Deois flavopicta).

Métodos de controle

Evitar sempre que possível, o cultivo de milho em áreas próximas a pastagens de brachiárias. O tratamento de sementes com inseticidas sistêmicos também pode reduzir significativamente os danos causados às plantas.

Fonte: Sistemas de Produção EMBRAPA

Milho - Pragas - Lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda)

Importância econômica

A lagarta-do-cartucho atacando plantas mais jovens de milho pode causar a sua morte, especialmente quando a cultura é instalada após a dessecação no sistema de plantio direto. Nessas condições, a lagarta já está presente na área e quando o milho emerge as lagartas podem causar danos nas plantas ainda jovens, aumentando significativamente sua importância no estabelecimento da população de plantas ideal na lavoura.

Sintomas de danos

Embora a esta espécie ataca tipicamente o cartucho da planta, o que pode ocorrer desde a emergência até o pendoamento, todavia, quando o ataque ocorre no início de desenvolvimento da cultura, a lagarta pode perfurar a base da planta, atingindo o ponto de crescimento e provocar o sintoma de "coração morto", típico da elasmo.

Figura: Lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda).

Métodos de controle

O tratamento de sementes tem sido o método mais recomendado para controle das pragas iniciais do milho. Os inseticidas sistêmicos dão controle até cerca de 17 dias após o plantio sob condições satisfatórias de suprimento de água. Sob estresse hídrico os tratamento de semente não apresentam a mesma eficiência e devem ser suplementados por pulverizações dirigidas para o sitio de ataque do inseto.

Fonte: Sistemas de Produção EMBRAPA

Milho - Pragas - Pulgão do milho (Rhopalosiphum maidis)

Importância econômica

Este é a espécie de inseto de ocorrência mais endêmica no milho, mas raramente constitui problema para a cultura pela ação eficiente dos inimigos naturais (predadores e parasitóide). Ele ataca as partes jovens da planta, preferencialmente o cartucho, mas pode infestar também o pendão e gemas florais. Seus danos diretos ocorrem somente quando a densidade populacional é muito alta e a planta esteja sofrendo de estresse hídrico. Os maiores danos ocorrem sob condições favoráveis para transmissão do vírus do mosaico. Neste caso, mesmo sob densidades muitas vezes não detectáveis pode ocorrer perdas significativas, pois o principal vetor é a forma alada e o vírus é de transmissão estiletar, ou seja transmite de plantas doentes para sadias simplesmente por via mecânica, através da picada de prova.

Sintomas de danos

Sob altas populações é visível a colônias sobre as plantas e sob estresse hídrico as folhas mostram-se murchas e com bordas necrosadas. O sintoma da doença aparece no limbo foliar na forma de um mosaico de coloração verde claro num fundo verde escuro.

Figura: Pulgão-do-milho (Rhopalosiphum maidis).

Métodos de controle

Para o controle da doença, os métodos culturais, na forma de eliminação dos hospedeiros nativos do patógeno e do vetor (gramíneas em geral), têm sido os mais eficientes. No inicio de desenvolvimento das plantas, o tratamento de sementes oferece proteção. Durante o ciclo da planta os inimigos naturais têm ação primordial na manutenção do equilíbrio. Raramente tem sido necessário tomar outras medidas de controle.

Fonte: Sistemas de Produção EMBRAPA

Milho - Pragas - Cigarrinha-do-milho (Dalbulus maidis)

Importância econômica

Os danos diretos causados pela sucção de seiva dos adultos e ninfas pode reduzir principalmente o desenvolvimento do sistema radicular, mas os principais prejuízos causados por essa espécie é devido a transmissão de fitopatógenos como o vírus do rayado fino e dois milicutes Spiroplasma kunkelli (enfezamento pálido) e fitoplasma (enfezamento vermelho). Os prejuizos causados por essas doenças pode chegar a mais de 80% dependendo do patógeno, dos fatores ambientais e da sensibilidade dos híbridos cultivados. A incidência da doença está associada à alta densidade populacional de insetos infectivos o que ocorre no final do verão (plantios tardios).

Sintomas de danos

A presença do inseto pode ser constatada diretamente pelo exame do cartucho das plantas ou através de amostragem com rede entomológica passada no topo das plantas. A incidência das doenças só é confirmada depois do aparecimento dos sintomas:

Rayado fino - folhas com riscas amareladas (paralelas às nervuras) com aparência pontilhada;

Enfezamento pálido - no início, plantas podem apresentar folhas com deformações e posteriormente inicia-se pela descoloração (clorose) das bordas da base das folhas que pode progredir para toda a planta, nanismo acentuado com os últimos internódios pouco desenvolvido dando à planta a aparência de uma palmeira o que é facilmente confundido com plantas "dominadas";

Enfezamento vermelho - dependendo do estádio de infecção das plantas pode não se observar o nanismo, mas geralmente ele está presente, com últimos internódios pouco desenvolvidos e folhas com avermelhamento generalizado. Na fase reprodutiva, nota-se manchas descoloridas nos grãos incompletamente cheios o que dá à espiga certa flexibilidade ao ser torcida nas mãos.

Figura: Cigarrinha-do-milho (Dalbulus maidis).

Métodos de controle

Os mais eficientes são os culturais evitando-se a multiplicação do vetor em plantios sucessivos, erradicação de plantas voluntárias na área antes do plantio e uso de cultivares menos susceptíveis aos patógenos. Evitar o plantio de milho pipoca e milho doce em áreas com histórico recente de alta incidência dos enfezamentos dado à alta susceptibilidade da maioria dessas cultivares. Finalmente pode também ser utilizado o tratamento de semente com inseticidas sistêmicos.

Fonte: Sistemas de Produção EMBRAPA

Milho - Pragas - Tripes (Frankliniela williamsi)

Importância econômica

Reclamações por produtores são freqüentes nos Estados do Paraná e Mato Grosso do Sul. Os danos causados pelos tripes têm sido verificados nos períodos de estiagem logo após a emergência das plântulas, podendo, sob altas infestações, causar até morte das plantas com perdas econômicas significativas.

Sintomas de danos

Devido à raspadura do limbo foliar, as folhas apresentam-se amarelecidas, esbranquiçadas ou prateadas. A infestação pode ser confirmada pela verificação de pequenos insetos amarelados no interior do cartucho e sob altas infestações ocorre murcha das folhas.

Figura: Tripes (Frankliniela williamsi).

Métodos de controle

Inicialmente, o tratamento de sementes com inseticidas sistêmicos dá boa proteção às plantas, entretanto, sob condições de altas refinfestação pode ser necessário pulverizações.

Fonte: Sistemas de Produção EMBRAPA

Milho - Pragas - Bicho bolo, coró ou pão de galinha (Diloboderus abderus, Eutheola humilis, Dyscinetus dubius, Stenocrates sp, Liogenys, sp.)

Importância econômica

Para o milho, a importância econômica dessa praga é maior para lavouras de safrinha, instaladas em semeadura direta sobre a resteva da soja. Geralmente a população do inseto é alta em áreas cultivadas anteriormente com gramíneas como é o caso de pastagem.

Sintomas de danos

As larvas danificam as sementes após o plantio prejudicando sua germinação. Também alimentam-se das raízes provocando o definhamento e morte das plantas. O nível de dano para esse inseto ocorre a partir de 5 larvas/m2.

Figura: Bicho-bolo, coró ou pão de galinha (Diloboderus abderus, Eutheola > humilis, > > Dyscinetus dubius, Stenocrates sp, Liogenys, sp.).

Métodos de controle

Agentes de controle biológico natural de larvas do bicho-bolo são nematóides, bactérias, fungos, principalmente Metarhizium e Beauveria sp e parasitóides da ordem Diptera. O preparo de solo com implementos de disco é uma alternativa de controle cultural da larva. Com essa prática, ocorre o efeito mecânico do implemento sobre as larvas que possuem corpo mole e são expostas a radiação solar e aos inimigos naturais, especialmente pássaros. O controle químico pode ser utilizado via tratamento de sementes. Experimentalmente, a pulverização de inseticidas no sulco de semeadura tem se mostrado viável para o controle dessa larva.

Fonte: Sistemas de Produção EMBRAPA

Milho - Pragas - Larva arame (Conoderus spp., Melanotus spp).

Importância econômica

Esse grupo de inseto causa danos esporádicos em várias culturas. Para o milho, os danos são mais severos em lavouras semeadas em áreas de pastagens, situação em que o solo não é preparado anualmente, proporcionando uma condição favorável para o desenvolvimento da larva.

Sintomas de danos

As larvas danificam as sementes após a semeadura e o sistema radicular da planta de milho e de outras gramíneas. Geralmente, constrói galerias e destrói a base do colmo das plantas.

Figura: Larva-arame (Conoderus spp., Melanotus spp).

Métodos de controle

Ainda não existem informações sobre o nível de controle para esse grupo de inseto. A biologia dessas espécies não é bem conhecida e os hábitos são variados. Embora o controle químico tenha sido realizado em áreas experimentais, não há inseticidas registrados para o controle desse inseto. Em áreas que apresentam histórico de ataque da larva-arame, medidas de controle deverão ser utilizadas preventivamente na semeadura. Inseticidas utilizados no controle da larva-alfinete, também apresentam boa performance para a larva-arame. A umidade do solo é um fator importante no manejo dessa praga. Em sistemas irrigados, a suspensão da irrigação e a conseqüente drenagem da camada agricultável do solo, força a larva aprofundar-se, reduzindo o dano no sistema radicular.

Fonte: Sistemas de Produção EMBRAPA

Milho - Pragas - Lagarta elasmo (Elasmopalpus lignosellus)

Importância econômica

É uma praga esporádica com grande capacidade de destruição num intervalo curto de tempo. Seus danos estão associados a à estiagem logo após a emergência das plantas, condições que aumenta a susceptibilidade da planta pelo atraso no desenvolvimento da planta e favorece a explosão populacional de lagartas na lavoura. Maiores danos são observados em solos leves e bem drenados, sendo sua incidência menor sob plantio direto.

Sintomas de danos

As lagartas recém eclodidas iniciam raspando as folhas e dirigem para a região do coleto da planta, onde cava uma galeria vertical. A destruição do ponto de crescimento provoca inicialmente murcha e posteriormente morte das folhas centrais proporcionando provocando o sintoma conhecido como "coração morto".

Figura: Pragas que atacam as plântulas (Plantas jovens).
Figura: Lagarta-elasmo (Elasmopalpus lignosellus).

Métodos de controle

Em áreas de risco, deve ser usado o tratamento de sementes com inseticidas sistêmicos à base de tiodicarb, carbofuran ou imidacloprid. Sob condições de estresse hídrico mesmo esse tratamento não é efetivo, recomendando-se a aplicação de um inseticida de ação de contato e profundidade como os a base de clorpirifós. A alta umidade do solo contribui para reduzir os problemas causados pela lagarta-elasmo no milho.

Fonte: Sistemas de Produção EMBRAPA

Milho - Pragas - Larva alfinete (Diabrotica spp.)

Importância econômica

No Brasil, a espécie predominante é a D. speciosa, cujos adultos alimentam-se das folhas de hortaliças, feijoeiro, soja, girassol, bananeira, algodoeiro e milho. As larvas, atacam as raízes do milho e tubérculos de batata. O prejuízo causado por essa larva tem sido expressivo nos Estados do Sul e em algumas áreas das regiões Sudeste e Centro-Oeste.

Figura: Pragas que atacam sementes e raízes.

Sintomas de danos

A larva alimenta das raízes do milho e interfere na absorção de nutrientes e água, e também reduz a sustentação das plantas. O ataque, ocasiona o acamamento das plantas em situações de ventos fortes e de alta precipitação pluviométrica. Mais de 3,5 larvas por planta são suficientes para causar danos ao sistema radicular.

Figura: Pragas que atacam sementes e raízes.

Métodos de controle

No Brasil, o controle dessa larva é pouco realizado na cultura do milho e tem-se baseado quase que exclusivamente no emprego de inseticidas químicos aplicados via tratamento de sementes, granulados e pulverização no sulco de plantio. Excesso e baixa umidade do solo são desfavoráveis a larva. O método de preparo de solo influência a população desse inseto. A ocorrência da larva é maior em sistema de plantio direto do que em plantio convencional. Os agentes de controle biológico mais eficientes são através dos inimigos naturais, Celatoria bosqi, Centistes gasseni, e dos fungos Beauveria bassiana e Metarhizium anisopliae.

Fonte: Sistemas de Produção EMBRAPA

Milho - Pragas - Larva Angorá (Astylus variegatus)

Importância econômica

Essa praga ataca várias espécies de plantas cultivadas e é considerada uma praga secundária da cultura do milho. Somente alta população do inseto causa prejuízos para cultura de baixa densidade de sementes como a do milho.

Sintomas de danos

As larvas alimentam-se preferencialmente das sementes do milho após a semeadura e de raízes, reduzindo a germinação e o número de plantas na lavoura.

Figura: Larva Angorá (Astylus variegatus).

Métodos de controle

Método cultural como a aração e gradagem, ocasiona a morte de larvas. O controle químico deve ser realizado em áreas com histórico de ocorrência da praga. O tratamento de sementes com inseticidas evita o dano da praga.

Fonte: Sistemas de Produção EMBRAPA

Milho - Pragas - Percevejo castanho (Scaptocoris castanea e Atarsocoris brachiariae)

Importância econômica

Essa praga ataca várias culturas, podendo causar danos na soja, algodão, pastagens, feijão e no milho. Em áreas localizadas, o percevejo ataca o milho, acarretando sérios prejuízos. A ocorrência deste inseto é esporádica o que dificulta o estabelecimento de um programa de manejo para impedir os danos desta praga.

Sintomas de danos

As ninfas e os adultos alimentam nas raízes e sugam a seiva. O ataque severo causa o definhamento e morte da planta. Os sintomas de ataques variam com a intensidade e época do ataque e muitas vezes são confundidos com deficiência nutricional ou doença da planta.

Figura: Percevejo castanho (Scaptocoris castanea e Atarsocoris brachiariae).

Métodos de controle

O método cultural pode ser empregado para o manejo desse inseto. A aração e a gradagem expõem os insetos aos predadores e causam o esmagamento das ninfas e adultos. A aração com arado de aiveca é o que apresenta maior eficiência no controle do percevejo castanho. O fungo Metarhizium anisopliae é um agente de controle biológico da praga. Devido ao hábito subterrâneo do percevejo, o controle químico é difícil de ser realizado e a recomendação de uso de inseticidas tem sido preventivo.

Fonte: Sistemas de Produção EMBRAPA

Milho - Pragas - Cupim (Procorniterms sp., Cornitermes sp., Syntermes sp. e Heterotermes sp.)

Importância econômica

Os cupins são insetos sociais, organizados em castas e que se alimentam de celulose. São insetos que atacam inúmeras culturas. Entre a grande variação existente para esse grupo de inseto, os cupins de hábitos subterrâneos dos gêneros Proconitermes e Syntermes, são os mais importantes para a cultura do milho.

Figura: Cupim (Procorniterms sp., Cornitermes sp., Syntermes sp. e Heterotermes sp.).

Sintomas de danos

Esses insetos atacam as sementes após a semeadura do milho, destruindo-as antes da germinação, acarretando falhas na lavoura. As raízes também são atacadas, causando descortiçamento das camadas externas, e as plantas amarelecem, murcham e morrem.

Métodos de controle

Os cupins subterrâneos são difíceis de controlar. Pode-se reduzir a infestação e os danos na lavoura com o emprego de inseticidas aplicados no sulco de plantio ou através de tratamento de sementes.

Fonte: Sistemas de Produção EMBRAPA

30 julho, 2012

Milho - Doenças - Podridão branca da espiga (Stenocarpela maydis e Stenocarpela macrospora)

A podridão branca da espiga é causada pelos fungos Stenocarpela maydis (=Diplodia maydis) e Stenocarpela macrospora (=Diplodia macrospora). Os sintomas são caracterizados pela presença de um crescimento micelial denso e compacto, de coloração branca entre os grãos, que iniciam, normalmente, pela base das espigas. As espigas atacadas são mais leves e podem ser totalmente apodrecidas. Uma característica específica dessa doença é o aparecimento de inúmeras pontuações de coloração escura nos grãos e no ráquis das espigas, que correspondem aos picnídios dos patógenos, os quais servem como fonte de inóculo para os próximos plantios.

Uma característica peculiar entre as duas espécies de Stenocarpella spp. é que apenas a S. macrospora ataca as folhas do milho. A precisa distinção entre estas espécies só é possível mediante análises microscópicas, pois, comparativamente, os esporos de S. macrospora são maiores e mais alongados do que os de S. maydis. Esses patógenos sobrevivem no solo através dos esporos no interior dos picnídios e nos restos de cultura contaminados e, nas sementes, na forma de esporos e de micélio dormente, as quais constituem as fontes primárias de inóculo para a infecção das espigas. Cultivares cujas espigas são mal empalhadas, que possuem palhas frouxas ou que não se dobram após a maturidade fisiológica são as mais suscetíveis. A alta precipitação pluviométrica na época da maturação dos grãos favorece o aparecimento da doença. A evolução da podridão praticamente cessa quando o teor de umidade dos grãos atinge 21 a 22% em base úmida. O manejo integrado para o controle desta podridão de espiga envolve a utilização de cultivares resistentes, de sementes livres dos patógenos, da destruição de restos culturais infectados e da rotação de culturas, visto que o milho é o único hospedeiro destes patógenos.

Figura: Sintomas da podridão branca da espiga.

Fonte: Sistemas de Produção EMBRAPA

Geadas prejudicam pastagens e criações no RS

De acordo com o Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar nessa quinta-feira (27-07), o desenvolvimento e o rebrote das forrageiras naturais e cultivadas foram prejudicados pelas fortes geadas e pelas baixas temperaturas ocorridas no Rio Grande do Sul nas últimas semanas. O campo nativo, mesmo com as chuvas dos últimos dias, não apresentou recuperação significativa, e a oferta e a qualidade do pasto para os animais continuam limitadas.

Devido a essa situação, o rebanho bovino de corte está com um peso inferior à média dos últimos anos. Os animais não apresentam um desenvolvimento satisfatório e aqueles mantidos exclusivamente em campo nativo estão com redução de peso significativa, em virtude da má qualidade dos pastos. No município de Santana do Livramento, o gado está muito debilitado, já sendo registrada a morte de alguns animais por causa da desnutrição. O déficit alimentar tem aumentado a procura por feno por parte dos criadores da região de Bagé. Ainda há disponibilidade de feno de palha de arroz, comercializado a R$ 80,00/rolo. Há informação de entrada de feno do Uruguai, especialmente na faixa de fronteira.

A situação deverá se agravar, caso o frio e as geadas se prolonguem por todo o mês de agosto, tendo em vista que o rebrote da maioria das espécies do campo nativo ocorre, normalmente, no mês de setembro. Para complementar a alimentação do rebanho de corte e melhorar o aproveitamento dos pastos secos, os criadores estão fornecendo sal proteinado aos animais.

O gado mantido em pastagens cultivadas de aveia e azevém está em bom estado, mas as pastagens apresentam baixa produção de massa verde, com desenvolvimento muito lento devido às baixas temperaturas e geadas. Em geral, o estado sanitário do rebanho bovino de corte gaúcho é bom, mas em alguns municípios do Estado, apesar das baixas temperaturas, continuam ocorrendo focos de infestação de carrapatos.

Em relação à produção de leite, a menor oferta de forragens verdes para o rebanho leiteiro tem obrigado os produtores a utilizarem mais silagem, grãos, farelos e rações na alimentação dos animais, o que tem aumentado significativamente os custos de produção e reduzido a rentabilidade da atividade. A maior queda na produção de leite ocorre entre os produtores que não têm reserva alimentar para os animais, como silagem e feno, e dependem apenas do campo nativo e de pequenas pastagens de aveia e azevém para manterem o gado.

O estado sanitário do rebanho ovino é bom na maioria dos municípios produtores do Estado, beneficiado em parte pelo baixo regime de chuvas. Por outro lado, o frio e as geadas também estão reduzindo o peso corporal dos animais, especialmente das ovelhas de cria que estão em pleno período de amamentação ou parição dos cordeiros. Há registros de aumento de mortalidade de cordeiros, devido ao choque térmico na parição e, também, ao mau estado nutricional das ovelhas, que apresentam pouco leite para os cordeiros. Também se constata um aumento na mortalidade de ovelhas paridas, devido às más condições alimentares.

Fonte: AGROLINK (http://www.agrolink.com.br)

Publicação esclarece dúvidas sobre irrigação e fertirrigação

A Fundação de Estudos e Pesquisas Agrícolas e Florestais (Fepaf) acaba de lançar o boletim técnico Manejo da Irrigação e Fertirrigação: perguntas e respostas.

De maneira clara e sucinta, a publicação esclarece as principais dúvidas enfrentadas por técnicos e produtores que utilizam sistemas de irrigação e fertirrigação. Entre os temas abordados estão: bombas e bombeamento; irrigação por aspersão e irrigação localizada; manejo de adubos na fertirrigação; injeção de fertilizantes e plantio direto em hortaliças irrigadas.

O boletim, organizado pelos professores da Faculdade de Ciências Agronômicas (FCA) Roberto Lyra Villas Bôas e João Carlos Cury Saad e pelos doutorandos em Agronomia Manoel Xavier de Oliveira Júnior (Horticultura/FCA), Rigléia Lima Brauer e Livia Sancinetti Carribeiro (Irrigação e Drenagem/FCA), reúne pesquisadores de instituições como a Unesp de Ilha Solteira, o Câmpus Experimental de Registro e o Instituto Agronômico de Campinas (IAC), além de professores e pós-graduandos da própria FCA.

Saad, coordenador do Programa de Pós-Graduação em Irrigação e Drenagem da FCA, conta que a iniciativa partiu dos alunos de pós-graduação, que sob a supervisão do professor Lyra, tiveram a ideia de produzir um material que pudesse auxiliar no manejo diário da irrigação e da fertirrigação. “O formato e o conteúdo foram criteriosamente escolhidos para compor um instrumento de consulta e formação de técnicos e produtores irrigantes”, afirma.

O boletim técnico “Manejo da Irrigação e Fertirrigação: perguntas e respostas” tem 98 páginas e custa R$30.

Está à venda na sede da Fepaf, na Fazenda Experimental Lageado, em Botucatu, e pode ser encomendado pelo e-mail publicacoes@fepaf.org.br.

Fonte: AGROLINK (http://www.agrolink.com.br)

Ourofino Agrociência lança inseticida que combate cigarrinhas

Com resultado após um dia de aplicação, DiamanteBR evita prejuízos que podem chegar a 50% na produção de cana-de-açúcar.

Durante o Insectshow, um dos mais importantes eventos do mercado da cana-de-açúcar, que aconteceu entre os dias 25 e 26 de julho, em Ribeirão Preto (SP), a Ourofino Agrociência lançou seu novo inseticida. O DiamanteBR combate as cigarrinhas, uma das maiores pragas que atingem a cana-de-açúcar.

No evento, que reúniu 600 pessoas ligadas ao setor sucroalcoleiro, no Centro de Convenções, em Ribeirão Preto (SP), a Ourofino Agrociência apresentou seu portfólio de produtos para cana-de-açúcar e ainda o novo DiamanteBR, um produto à base de imidaclopride.

O inseticida atinge o sistema nervoso do inseto, eliminando a praga em apenas um dia. Entre os diferenciais do produto está apresentação líquida, o que facilita a aplicação. Sua aplicação pode ser feita durante o plantio ou na fase de germinação da cana-de-açúcar, logo após a detecção da praga. O produto será comercializado a partir de agosto.

Prejuízos ao agricultor

O Brasil é o maior produtor mundial de cana-de-açúcar, com uma área cultivada de aproximadamente oito milhões de hectares, segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento. Desde que as áreas de colheita de cana crua foram expandidas no Estado de São Paulo, a cigarrinha-das-raízes, ganhou espaço e tem trazido prejuízos aos produtores. As quebras de produtividade podem chegar a 50%, em culturas colhidas em final de safra. Nas colhidas em começo de safra, as quebras são menores, cerca de 10%.

De acordo com o engenheiro agrônomo e gerente técnico da Ourofino Agrociência, Antonio Carlos Nucci Filho, os danos são causados principalmente pelas formas jovens do inseto, que extraem grande quantidade de água e nutrientes das raízes, prejudicando o crescimento da planta. “As adultas também causam danos. Ao sugarem a seiva das folhas, injetam saliva no local onde são armazenadas a água e as substâncias que se transformarão em nutrientes para a planta, durante a fotossíntese. A saliva liberada é tóxica para a planta, causando necrose nos tecidos. O canavial fica completamente seco, com aspecto queimado”, explica.

O DiamanteBR é o 15º produto do portfólio da Ourofino Agrociência, que conta com uma equipe de 200 profissionais e atua em todo o território nacional, oferecendo as melhores soluções para os agricultores brasileiros. A empresa faz parte do Grupo Ourofino Agronegócio, que completou 25 anos de trabalho em junho deste ano.

A Ourofino Agrociência está situada em Uberaba (MG) e é uma das mais modernas do mundo na fabricação de produtos para a saúde vegetal, certificada por Sistema de Gestão Ambiental (ISO 14001), Sistema de Gestão de Saúde e Segurança do Trabalho (OHSAS 18001) e por Gestão da Qualidade (ISO 9001).

Fonte: AGROLINK (http://www.agrolink.com.br)

Tomate puxa alta do índice de preços de itens agropecuários em SP

Laranja, batata, feijão e carne suína registraram queda.

O Índice Quadrissemanal de Preços Recebidos pela Agropecuária Paulista (IqPR) registrou alta de 0,82% na terceira quadrissemana de julho, puxado mais uma vez pelo aumento no preço do tomate. O fruto teve alta de 65,46% na variação em relação ao mesmo período de junho - a cotação da caixa com 22 kg passou de R$ 29,76 no mês passado para R$ 49,24 em julho.

Segundo o Instituto de Economia Agrícola (IEA), responsável pelo levantamento, as ocorrências de chuvas que reduziram a oferta nas regiões produtoras nas últimas semanas e a colheita de variedades mais valorizadas continuam provocando a acentuada elevação de preços.

Entre os produtos de origem animal que registraram elevação nos preços, o destaque é para a carne de frango (+ 4,32%).

Os produtos que apresentaram as maiores quedas de preços nesta quadrissemana foram a laranja para mesa (-18,66%), batata (-15,96%), feijão (-14,20%) e carne suína (-6,43%).

A falta de mercado da laranja para indústria, devido à combinação de grande safra com queda no volume exportado, deixou forçou o citricultor a enviar a fruta para o mercado in natura, reduzindo o preço da laranja para mesa.

Fonte: Globo Rural (revistagloborural.globo.com)

Fibria sai de lucro para prejuízo de R$ 524 milhões

Já as vendas de celulose totalizam 1,265 milhão de toneladas no segundo trimestre deste ano, uma expansão de 3%.

A Fibria, uma das maiores fabricantes de celulose branqueada de eucalipto do mundo, registrou prejuízo líquido de R$ 524 milhões no segundo trimestre de 2012. O resultado reverte o lucro de R$ 215 milhões reportado no segundo trimestre do ano passado e é explicado principalmente pela despesa financeira de R$ 1,235 bilhão no intervalo. No primeiro semestre, a companhia acumulou prejuízo líquido de R$ 534 milhões, ante lucro de R$ 604 milhões nos seis primeiros meses do ano passado.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado da companhia ficou em R$ 550 milhões no segundo trimestre, uma expansão de 12% em relação ao mesmo período do ano passado. A margem Ebitda do período ficou em 37%, ante 34% do segundo trimestre de 2011 e 30% dos três primeiros meses deste ano.

No acumulado semestral, o Ebitda ajustado da Fibria encolheu 17%, para R$ 927 milhões. O Ebitda sem ajuste ficou em R$ 790 milhões no segundo trimestre, com expansão de 67% em relação ao período entre abril e junho do ano passado. No semestre, o Ebitda atingiu R$ 1,146 bilhão, expansão de 48% ante o mesmo período de 2011. A receita líquida no trimestre alcançou R$ 1,491 bilhão, expansão de 2% em relação ao mesmo período do ano passado. No acumulado do semestre, o indicador apresentou queda de 8%, para R$ 2,765 bilhões.

Vendas de celulose

As vendas de celulose da Fibria totalizam 1,265 milhão de toneladas no segundo trimestre deste ano. O resultado representa uma expansão de 3% em relação ao segundo trimestre de 2011, mas é 4% inferior ao reportado entre janeiro e março deste ano.

A retração é explicada basicamente pelas paradas programadas para manutenção nas Unidades Aracruz (ES) e Três Lagoas (MS). A operação em Três Lagoas foi concluída apenas em julho. As mesmas paradas contribuíram para que a produção de celulose no trimestre encolhesse 4% ante os três primeiros meses deste ano, para 1,275 milhão de toneladas.

O resultado, entretanto, é estável em relação ao segundo trimestre do ano passado, período no qual a Fibria também promoveu paradas programadas para manutenção. As paradas afetaram ainda o custo caixa de produção da Fibria, indicador que dimensiona a competitividade das linhas de produção dos fabricantes de celulose.

O custo por tonelada ficou em R$ 505, alta de 11% em relação aos números do primeiro trimestre. Na comparação com o segundo trimestre do ano passado, contudo, houve uma retração de 2%, o que evidencia o êxito na tentativa de controlar a alta de custos. A queda também é explicada pela antecipação para o primeiro trimestre da parada na unidade Veracel (BA), realizada no ano passado ao longo do segundo trimestre.

Quando analisado o custo caixa de produção sem o efeito das paradas, o indicador ficou em R$ 455, alta de 2% em relação ao primeiro trimestre deste ano, mas 2% inferior ao período entre abril e junho de 2011. O custo do produto vendido (CPV) no segundo trimestre ficou em R$ 1,249 bilhão, expansão de 2% em relação ao primeiro trimestre, mas estável na comparação com o segundo trimestre de 2011. A estabilidade nessa base comparativa é explicada pelo fim das vendas no segmento papel, no qual a companhia deixou de atuar no final do ano passado.

Fonte: Globo Rural (revistagloborural.globo.com)

Clima afeta oferta e faz lucro da Bunge ceder 13%

Segundo a empresa, as operações de açúcar e bioenergia foram prejudicadas por condições meteorológicas adversas.

A multinacional norte-americana Bunge anunciou nesta quinta-feira (26/7) lucro líquido de US$ 274 milhões no segundo trimestre, ou US$ 1,78 por ação. A cifra representa queda de 13% ante igual período do ano passado, quando a empresa havia lucrado US$ 316 milhões, ou US$ 2,02 por ação.

Segundo a Bunge, as operações de açúcar e bioenergia foram prejudicadas por condições meteorológicas adversas e o segmento de alimentos e ingredientes entregou resultados menores do que o esperado. "O tempo é sempre uma variável importante nas indústrias de agronegócio e alimentos, mas este ano representa um fator particularmente significativo. Os estoques mundiais de milho e soja já estão apertados, e a seca extrema nos Estados Unidos reduziu as expectativas de reposição da oferta neste outono e elevou os preços futuros de commodities a níveis recordes", destacou o presidente da empresa, Alberto Weisser.

A companhia compra, vende, armazena e transporta oleaginosas e grãos para clientes em todo o mundo. Também processa sementes e produz fertilizantes. A receita da Bunge cresceu 4,2% no trimestre, para US$ 15,09 bilhões, enquanto a margem bruta diminuiu de 4,5% para 4,4%. Os resultados foram prejudicados por preços fracos dos fertilizantes e do etanol produzido a partir do açúcar. A empresa informou, ainda, que os ganhos da operação de açúcar e bioenergia ficaram abaixo do esperado por causa de chuvas que atrasaram a colheita.

Já o segmento de alimentos e ingredientes registrou margens menores. Analistas ouvidos pela agência Thomson Reuters esperavam lucro por ação de US$ 1,34 e receita de US$ 15,79 bilhões. As ações da Bunge fecharam a US$ 61,77 na quarta-feira (25/7) e nesta quinta-feira ainda estavam inativas. Os papéis caíram 12,60% em um ano.

Fonte: Globo Rural (revistagloborural.globo.com)

Morre pesquisador responsável pelo baculovírus

Professor e engenheiro agrônomo Flávio Moscardi destacou-se no manejo integrado de pragas.

Ao longo de sua carreira, Moscardi teve trabalhos em diversas publicações científicas e foi reconhecido com diversos prêmios e homenagens pelas contribuições ao controle de pragas.

Responsável pelo desenvolvimento do baculovírus para o controle da lagarta-da-soja, o professor e pesquisador Flávio Moscardi morreu, de causas natuarais, no último domingo (15/7), aos 63 anos, em Londrina (PR).

Nascido na cidade de Lucélia, no interior de São Paulo, o ex-pesquisador da Embrapa Soja, de Londrina, era engenheiro agrônomo graduado pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ-USP), onde estagiou sob a supervisão dos doutores Octávio Nakano, em controle de pragas agrícolas, e Roger Williams, professor visitante da Ohio State University, que exerceram grande influência na sua escolha profissional pela área de entomologia, na qual realizou mestrado e doutorado na Universidade da Florida, nos Estados Unidos.

Moscardi ingressou na Embrapa em 1974, no antigo Centro de Pesquisa Agropecuária do Oeste, em Campo Grande, onde desenvolveu trabalhos com controle de formigas cortadeiras e criação de parasitoides entre outros. Após o doutorado em biologia e ecologia da lagarta da soja, Moscardi foi transferido para a Embrapa Soja, em 1979, onde se destacou no desenvolvimento de táticas de manejo integrado de pragas, principalmente por meio do uso de inseticidas biológicos. Moscardi também foi chefe geral da Embrapa Soja durante o período de 1990 a 1995.

Durante sua carreira, publicou mais de duzentos trabalhos, incluindo artigos científicos em periódicos nacionais e internacionais, além de capítulos de livros. Como professor, atuou na Universidade Federal do Paraná (UFPR) e na Universidade Estadual de Londrina (UEL). Também foi membro do Conselho Assessor de Agronomia do CNPQ e presidente da Sociedade Entomológica do Brasil (SEB). Também se destacou participando de comitês editoriais e foi consultor ad hoc de revistas nacionais e do exterior. Atuou como consultor em Manejo Integrado de Pragas (MIP) e controle biológico em vários países como Argentina, Paraguai, Uruguai e outros.

Membro da Academia Brasileira de Ciências, Moscardi recebeu diversos prêmios e homenagens ao longo da carreira, entre os quais se destacam o de Comendador da Ordem Nacional do Mérito Científico, outorgado pelo Presidente da República do Brasil em agosto de 2002. Além disso, o pesquisador ganhou o Award in Agriculture, entregue pela Academia de Ciências para o Mundo em Desenvolvimento, em 1997, e o Award of Distinction, entregue pela Sociedade Internacional de Proteção de Plantas, em 1995.

Fonte: Globo Rural (revistagloborural.globo.com)

Lucro da Monsanto sobe 35% com vendas de sementes

O crescimento foi puxado, principalmente, pelos portfólios de milho e soja.

O lucro da estadunidense Monsanto, maior companhia de sementes do mundo, subiu 35% no terceiro trimestre. Um dos principais motivos é o aumento do plantio de milho nos Estados Unidos neste ano. No trimestre que terminou em 31/5, a Monsanto relatou um lucro de US$ 937 milhões, ou US$ 1,74 por ação. O valor está acima do lucro de US$ 692 milhões, ou US$ 1,28 por ação, do mesmo período de 2011.

Excluindo-se uma questão legal tributária, os lucros por ação subiram de US$ 1,28 para US$ 1,63 por ação na comparação anual. Em maio, a empresa havia previsto um lucro de US$ 1,57 a US$ 1,62 por ação para o período. As vendas aumentaram 17%, para US$ 4,22 bilhões. Analistas entrevistados pela Thomson Reuters haviam projetado um lucro de US$ 767 milhões para uma receita de US$ 4 bilhões.

O segmento de sementes da Monsanto teve um aumento de 18% das vendas, alcançando US$ 3,13 bilhões. O crescimento foi puxado pelos portfólios de milho, que tiveram alta de 35% nas vendas, e de soja, de 15%. Esses setores compensaram o desempenho mais fraco das sementes de vegetais. As vendas de sementes de algodão subiram ligeiramente. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) estima que nesta safra, o país terá a maior área plantada com milho desde 1937, o que estimulou a venda de sementes e resultou no salto das vendas de sementes de milho.

Segundo o executivo-chefe da Monsanto, Hugh Grant, a empresa notou a preferência por suas sementes premium de milho e soja, que têm margens de lucro maiores. Os resultados ampliam a força recente do mercado de sementes, que aumentou sua importância no momento em que a Monsanto reduz seu foco em herbicidas em meio à competição com produtos genéricos, principalmente da China. "Nossa temporada de vendas está praticamente finalizada, o que nos dá uma visão completa do negócio para o ano fiscal", disse Grant em nota.

No início deste mês, a empresa disse que planeja investir US$ 355 milhões para construir uma nova unidade de produção de sementes de milho na Argentina. A empresa pretende crescer no país nos próximos anos, assim como no Brasil e no Leste Europeu. A Monsanto atingiu seu guidance por ação para o ano fiscal 2013. Há pouco, as ações da empresa subiam 2,72%, a US$ 79,99 na Bolsa de Nova York.

Fonte: Globo Rural (revistagloborural.globo.com)

Pluma de algodão valoriza 2% na Bahia

Alta nos preços é motivada pela seca na região, que provocou redução na produtividade.

A tendência é que haja uma redução entre 10% a 15% na produtividade do algodão na região.

A Bahia foi afetada por uma seca histórica nos últimos meses, o que pode prejudicar as plantações de algodão. A tendência é que haja uma redução na produtividade de 10,0% a 15,0% na média.

O preço da arroba de pluma está em R$62,12 (média de maio) em Barreiras. Este valor é 2,0% maior que a média de abril e 34,2% menor que a média de maio de 2011.

A tendência de pressão sobre os preços tende a ocorrer a partir do final de junho com a intensificação da colheita.

Fonte: Globo Rural (revistagloborural.globo.com)

Goodyear diz que soja na composição aumenta vida útil do pneu

Segundo a empresa norte-americana, compostos de borracha feitos com óleo de soja aumentam a eficiência da produção.

A fabricante de pneus norte-americana Goodyear anunciou nesta terça-feira (24/7) que pesquisadores do centro de inovação da empresa descobriram que o uso de óleo de soja na fabricação de um pneu pode aumentar em 10% a vida útil do produto, além de reduzir o volume de óleo derivado de petróleo usado na produção para até sete milhões de galões por ano.

A companhia informou ainda que testes na fábrica de pneus da Goodyear em Lawton, no Estado norte-americano de Oklahoma, mostraram que o uso de óleo de soja melhora a capacidade de mistura dos componentes. Segundo a Goodyear, os compostos de borracha feitos com óleo de soja misturam-se mais facilmente com a sílica utilizada na produção de pneus. Isso pode aumentar a eficiência da produção, reduzindo o consumo de energia e as emissões de gases de efeito estufa.

Os protótipos de pneus construídos em Lawton serão colocados à prova na área de testes da Goodyear em San Angelo, no Estado do Texas, nos próximos meses. Se o produto passar nos testes, a companhia projeta que os consumidores poderão adquirir pneus feitos com óleo de soja em 2015. O United Soybean Board (USB), organização dirigida por agricultores que supervisiona iniciativas ligadas à soja, está ajudando a financiar o projeto da Goodyear, com uma doação de US$ 500 mil.

Fonte: Globo Rural (revistagloborural.globo.com)

27 julho, 2012

Bulas de agrotóxicos terão faixa toxicológica colorida

Fabricantes devem adaptar normativa aos produtos em até 150 dias.

A Instrução Normativa nº 14, publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira (27) pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) estabelece que as bulas dos agrotóxicos deverão conter faixa toxicológica colorida até o final de dezembro.

O coordenador de Agrotóxicos e Afins, Luís Eduardo Rangel, explica que existia uma má interpretação do Decreto 4.074 de 2002. Além disso, a Portaria nº 93/1994 foi revogada. “Do ponto de vista jurídico, isso criava um conflito. Então, para resolver a situação, nós tivemos que revogar a portaria de 94 e dar um prazo para os fabricantes poderem se regularizar. Do ponto de vista de impacto, é mínimo. Isso não vai mudar nada na composição dos agrotóxicos. A mudança não oferece risco nenhum”, afirma.

O rótulo externo dos produtos sempre precisou ter a faixa toxicológica colorida. Agora, a mesma cor da caixa deve estar estampada na bula. “Na percepção, já que a cor é um dado importante para classificar o produto, também deverá constar junto às instruções de uso”, complementa o coordenador da área de agrotóxicos. A partir de hoje, as empresas detentoras de registro terão o prazo de 150 dias para adaptar as embalagens.

Em 23 de abril de 2012, o Mapa publicou o Ato nº 11 com a mesma finalidade. Luis Rangel explica que a Instrução Normativa tornou-se necessária porque tem força maior do que o Ato. “Como havia um conflito na legislação, era preciso uma norma forte. Se a norma antiga foi assinada pelo secretário, a assessoria jurídica concluiu que o ato não teria como resolver o problema”, conclui.

Fonte: Ministério da Agricultura (http://www.agricultura.gov.br)

26 julho, 2012

Monsanto consegue aprovação da soja Intacta na Coreia do Sul

A soja Intacta RR2 PRO, da Monsanto, foi aprovada pela agência reguladora de alimentos da Coreia do Sul, informou nesta quarta-feira (25) a companhia multinacional de biotecnologia e sementes.

Com a aprovação do país asiático, a primeira soja da Monsanto desenvolvida com genes combinados especialmente para o Brasil dá mais um passo para ser liberada para plantio comercial pela companhia.

A Intacta RR2 PRO, segundo a Monsanto, oferece proteção contra as quatro principais lagartas que atacam a cultura da soja (lagarta da soja, falsas medideiras, broca das axilas e lagarta das maçãs) e tolerância ao herbicida glifosato proporcionada pela tecnologia Roundup Ready (RR), oferecendo ganhos de produtividade.

Essa soja transgênica, considerada um produto de segunda geração, já foi aprovada por Estados Unidos e, recentemente, pela União Europeia, principal compradora de farelo de soja do Brasil.

Mas a Monsanto ainda aguarda o aval da China, maior importador global de soja, para liberar o plantio da Intacta, disse um porta-voz nesta quarta-feira.

Caso seja aprovada pela China, a Monsanto poderá lançar a Intacta para o plantio na safra 2012/13, que tem início em meados de setembro, pelo Centro-Oeste.

A multinacional já licenciou várias empresa para produzir sementes da Intacta.

No Brasil, a soja Intacta foi aprovada pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) em 19 de agosto de 2010.

Fonte: AGROLINK (http://www.agrolink.com.br)

Moagem de cana no Centro-Sul atinge 42,18 milhões de t

O volume de cana-de-açúcar processado pelas unidades produtoras da região Centro-Sul do Brasil somou 42,18 milhões de toneladas nos primeiros 15 dias de julho, crescimento de 3,94% em relação ao resultado da mesma quinzena de 2011. No acumulado desde o início da safra 2012/2013 até 15 de julho, a moagem alcançou 170,56 milhões de toneladas, contra 218,28 milhões de toneladas no mesmo período da safra anterior.

Segundo o presidente interino da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), Antonio de Padua Rodrigues, “pela primeira vez nesta safra a moagem quinzenal superou a verificada no mesmo período da safra 2011/2012. Mas, apesar deste crescimento, a quantidade de produtos obtidos a partir da cana-de-açúcar permaneceu praticamente estável.”

De fato, na primeira metade de julho, a quantidade de produtos disponíveis para a produção de açúcar e etanol foi 0,21% menor do que na mesma quinzena do ano passado. No acumulado desde o início da atual safra, este recuo atingiu 24,51%.

Esta queda decorre da redução na disponibilidade de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR) por tonelada de cana-de-açúcar, já que o excesso de chuvas observado em maio e junho prejudicou a qualidade da matéria-prima. Na primeira quinzena de julho, a concentração de ATR totalizou 130,53 kg por tonelada de cana-de-açúcar, retração de 4% comparado ao mesmo período de 2011. No acumulado desde o início da safra até 15 de julho, o teor de açúcares na matéria-prima atingiu 121,42 kg, abaixo dos 125,69 kg obtidos no mesmo período do ano anterior.

Em relação à produtividade agrícola da área colhida na região Centro-Sul, o levantamento realizado pelo Centro de Tecnologia Canavieira (CTC) aponta para um aumento de 12,05% na primeira quinzena de julho sobre a mesma quinzena de 2011, totalizando 80,24 toneladas de cana-de-açúcar por hectare. No acumulado desde o início desta safra, esta produtividade atingiu 76,69 toneladas por hectare, cifra praticamente idêntica às 76,76 toneladas por hectare registradas no mesmo período da safra 2011/2012, revertendo, desta forma, as perdas agrícolas obtidas nos meses precedentes.

Para o presidente da UNICA, “a tendência observada até o momento aponta para uma produtividade maior do que aquela estimada pela UNICA em abril. Mas, em contrapartida, devemos observar uma queda na concentração de açúcares na matéria-prima, de tal modo que o ATR final poderá atingir cerca de 135 kg por tonelada de cana, valor 5 kg menor quando comparado à nossa primeira estimativa. Continuaremos monitorando o andamento da colheita e, tão logo tenhamos reunido todas as informações necessárias, divulgaremos uma revisão de nossa estimativa inicial para a safra 2012/2013 na região Centro-Sul, concluiu.

Produção

Do volume total de cana-de-açúcar processado desde o início da safra até a primeira metade de julho, 47,26% destinou-se à produção de açúcar, ligeiramente acima dos 45,86% observados no mesmo período de 2011. Na primeira quinzena de julho, este percentual subiu para 50,24%.

A fabricação de açúcar totalizou 2,64 milhões de toneladas nos primeiros 15 dias de julho, frente a 2,59 milhões de toneladas em igual quinzena do ano passado. Em relação ao etanol, a produção somou 1,61 bilhão de litros, sendo 675,20 milhões de litros de etanol anidro e 929,85 milhões de litros de hidratado.

No acumulado desde o início da safra 2012/2013, a produção de açúcar alcançou 9,33 milhões de toneladas, enquanto o volume produzido de etanol totalizou 6,42 bilhões de litros. Deste volume total, 4,29 bilhões de litros referem-se ao etanol hidratado e 2,13 bilhões de litros ao etanol anidro.

Vendas de etanol

As vendas de etanol pelas unidades produtoras da região Centro-Sul, acumuladas de abril até 15 de julho, somaram 5,55 bilhões de litros, 10,82% abaixo do volume comercializado no mesmo período de 2011. Deste total, 4,92 bilhões de litros destinaram-se ao mercado doméstico e somente 628,84 milhões de litros à exportação.

Deste montante direcionado ao abastecimento doméstico, 1,83 bilhão de litros referem-se ao etanol anidro e 3,10 bilhões de litros ao etanol hidratado.

Na primeira metade de julho, as vendas de etanol atingiram 850,11 milhões de litros, praticamente igual aos 856,13 milhões de litros comercializados na quinzena anterior, mas 22,43% abaixo do volume observado no mesmo período do ano passado, que atingiu 1,10 bilhão de litros. Da quantidade total comercializada nesta quinzena, 675,91 milhões de litros destinaram-se ao mercado interno.

Do total de vendas internas na primeira quinzena de julho, 260,05 milhões de litros referem-se ao etanol anidro e 415,86 milhões de litros ao etanol hidratado.

Fonte: UNICA (http://www.unica.com.br)

Cientistas brasileiros criam curativo de cana que acelera cicatrização

Polímeros feitos da planta também dão origem a próteses ortopédicas, pinos, placas e stents.

Pesquisadores de universidades federais de Pernambuco desenvolveram um curativo feito a partir de melaço de cana-de-açúcar que pode reduzir o tempo de cicatrização de feridas em até 50%, segundo as pesquisas. Outras vantagens são o fato de o curativo não precisar ser trocado, ser biocompatível e atóxico. “Montamos um laboratório e uma empresa incubada com o objetivo de colocar o produto no mercado em dois anos”, diz o engenheiro químico Francisco de Assis Dutra Melo, da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE).

Já no campus de Rio Claro da Universidade Estadual de São Paulo (Unesp), outro grupo de cientistas está começando a desenvolver comercialmente um processo que permita a produção de polímeros feitos de cana para a fabricação de próteses ortopédicas, pinos, placas e stents (alargadores que evitam o entupimento de artérias). O diferencial é que as peças feitas a partir da cana, por serem biocompatíveis, apresentam menos rejeição e não precisam nunca ser retiradas do corpo, evitando novas cirurgias.

No futuro, a tecnologia do curativo também pode dar origem a outros produtos, como próteses e fios cirúrgicos. “Há até uma linha de pesquisa que conseguiu obter artérias a partir desse material”, diz Dutra. O desenvolvimento dessas aplicações foi possível por uma parceria entre a UFRPE e a área de Medicina da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Em três anos, 25 teses de mestrado e doutorado foram publicadas pelo grupo de pesquisa a partir da aplicação do polímero da cana à saúde.

Tanto em Rio Claro quanto em Carpina, onde fica a estação experimental de cana da UFRPE, os biopolímeros são obtidos a partir da ação de micro-organismos sobre o melaço de cana. As rotas, no entanto, são distintos. A pesquisa de Pernambuco utiliza uma bactéria identificada e melhorada nos últimos 15 anos, que produz o polímero a partir do melaço de cana ou do mel por meio da fermentação. Já a linha da Unesp é baseada na produção de ácido lático a partir do melaço ou do soro de leite. O ácido é, então, transformado no polilactato, polímero substituto do plástico tradicional.

O fato de ser originado em uma fonte renovável faz com que os polímeros, além de mais compatíveis com o corpo humano, também sejam mais ecológicos. Dutra conta que estudos de mercado feitos por pesquisadores australianos que trabalhavam em linhas semelhantes calcularam que os polímeros renováveis podem substituir 30% a 40% dos sintéticos. De forma simplificada, isso significa que mais de um terço dos plásticos produzidos no mundo poderá vir de fontes renováveis.

Esse potencial é comprovado pelo fato de a Braskem, empresa petroquímica que já fabrica um plástico para garrafas PET a partir do etanol de cana, ser a principal parceira do projeto de pesquisa da Unesp de Rio Claro. A companhia investirá R$ 567 mil em bolsas para os pesquisadores envolvidos nos três anos do projeto. A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) está aplicando cerca de R$ 400 mil na compra de equipamentos para o laboratório.

Trabalhos semelhantes já levaram indústrias a produzir biopolímeros semelhantes em outros países, mas o diferencial dos trabalhos brasileiros é que a matéria-prima é muito mais barata, segundo o engenheiro de alimentos Jonas Contiero, coordenador da pesquisa da Unesp. Nos Estados Unidos se fabricam bioplásticos a partir do amido de milho e na Europa se usa o açúcar de beterraba, enquanto o melaço de cana e o soro de leite são subprodutos dessas indústrias, e não suas principais fontes de receita.

Não há previsão de quando o grupo de pesquisa pernambucano atingirá a escala comercial para os próximos produtos à base de cana. Já a parceria entre Unesp e Braskem levará os próximos três anos desenvolvendo as soluções industriais para a produção do biopolímero. Já o curativo depende da certificação do laboratório da UFRPE junto aos órgãos reguladores.

Fonte: AGROLINK (http://www.agrolink.com.br)