As operações de colheita e pós-colheita constituem etapas importantes do processo de produção e, quando malconduzidas, acarretam perdas elevadas de grãos, comprometendo os esforços e os investimentos dedicados à cultura. A colheita pode ser realizada por três métodos: o manual, o semi-mecanizado e o mecanizado. No primeiro, as operações de corte, enleiramento, recolhimento e trilhamento são feitas manualmente; no semi-mecanizado, o corte, o enleiramento e o recolhimento das plantas são, geralmente, manuais, e o trilhamento, mecanizado; no método mecanizado, todas as operações são feitas à máquina. Qualquer que seja o método utilizado, quando o arroz é colhido muito úmido ou tardiamente, com baixo teor de umidade, a produtividade e a qualidade dos grãos são prejudicadas. Para a maioria das cultivares, o ideal é colher o arroz entre 18 a 23% de umidade. No caso da colheita manual, para evitar perdas desnecessárias, recomenda-se, adicionalmente, que o arroz cortado não permaneça enleirado por tempo desnecessário no campo e que se evite o manuseio de feixes muito volumosos de cada vez, para facilitar a operação de trilhamento. Na colheita mecânica, além da regulagem adequada dos mecanismos externos e internos da colhedora, deve-se atentar para a velocidade do molinete, que deve ser suficiente apenas para puxar as plantas para dentro da máquina.
Nas operações de pós-colheita, a secagem pode ser feita por dois processos: o natural e o artificial. O natural, consiste em utilizar o calor e o vento para a secagem; o artificial, com a utilização de equipamentos (secadores) especialmente projetados para esse fim. Para evitar danos ao arroz, quando se destina ao plantio, a temperatura de secagem deve se situar entre 42º C e 45º C. Na secagem de grãos para consumo, a temperatura do ar não deve ultrapassar a 70ºC. No armazenamento, o arroz para ser melhor conservado deve estar limpo e com teor de umidade entre 13% e 14%. Nesta umidade, para a maioria das cultivares, a maturação pós-colheita, isto é, o arroz envelhecido, melhora sua qualidade culinária, ficando seus grãos mais secos e soltos após o cozimento.
Fonte: Sistemas de Produção EMBRAPA