As estratégias para o manejo de plantas daninhas no arroz de terras altas, já permitem, ao orizicultor, a implantação e a condução da cultura de forma segura e eficiente. A população das plantas daninhas pode ser dividida em três componentes: as sementes ativas; as sementes inativas ou latentes; e as plantas daninhas propriamente ditas. As sementes ativas, prontas para germinar, e as inativas, ou latentes, podem vir de fontes comuns: produção das plantas e de sistemas externos. As ativas, por sua vez, podem originar sementes inativas. O manejo de plantas daninhas pode ser direto ou indireto. No direto, as atividades são direcionadas à eliminação direta das plantas daninhas por métodos químicos, mecânicos, manuais e biológicos. No manejo indireto, as atividades são direcionadas ao sistema solo/cultura e se trabalha com a relação sementes ativas/inativas. Neste caso, aumenta-se a emergência das plantas daninhas para depois controlá-las, com o uso de técnicas, como por exemplo, a aplicação antecipada de dessecantes.
A capacidade competitiva do arroz em relação às plantas daninhas dependem de fatores como emergência mais rápida da cultura em relação às invasoras e a maior taxa de crescimento inicial. Tais fatores de competição estão ligados ao manejo de solo (cultivo mínimo e plantio direto) e manejo cultural (uso de sementes, de variedades adaptadas, plantio sem falhas, espaçamento e densidades adequados, fertilidade e condições físicas do solo propícias ao arroz). Outra estratégia seria a eliminação e/ou redução do crescimento das plantas daninhas por métodos químicos, mecânicos e manuais. A aplicação de herbicidas exige o conhecimento da seletividade do produto para cada variedade de arroz e a eficiência no controle sobre as populações infestantes predominantes.
Fonte: Sistemas de Produção EMBRAPA