No Brasil, a perda anual de produção de arroz devido ao ataque de insetos em nível de lavoura é estimada em 10%. O agroecossistema arroz de terras altas no Brasil, abriga, por períodos variáveis, grande número de pequenos animais, principalmente artrópodes, que comportam-se como fitófagos ou zoófagos.
Dentre os artrópodes fitófagos encontrados em arroz de terras altas destacam-se aqueles de grande poder daninho ocorrendo com maior freqüência e abundância nas regiões de produção e que são responsabilizados pela maior parte da perda anual, causada por esse ramo à produção de arroz. Existem vários outros fitófagos do arroz que, de forma localizada no país, podem prejudicar a produção das culturas, como por exemplo Rhammatocerus schistocercoides, Neobaridia amplitarsis no estado de Mato Grosso e Oediopalpa spp.no estado do Maranhão.
As espécies comumente envolvidas em arroz de terras altas são as seguintes: cupim-rizófagos, Procornitermes spp; percevejo-castanho, Scaptocoris castanea (Perty, 1830); percevejo-do-colmo, Tibraca limbativentris Stal; percevejo-das-panículas, Oebalus poecilus (Dalas); cigarrinha-das-pastagens, Deois flavopicta Stal; pulgão-da-raiz, Rhopalosiphum rufiabdominale Sasaki; lagarta-dos-arrozais, Spodoptera frugiperda (J.E. Smith); lagarta-dos-capinzais, Mocis latipes (Guenée); lagarta-dos-cereais, Pseudaletia adultera (Schaus, 1894) e P. sequax Franclemont; 1951 broca-do-colo, Elasmopalpus lignosellus (Zeller); broca-do-colmo, Diatraea saccharalis (Fabricius); pulga-da-folha, Chaetocnema sp.; cascudo-preto (bicho-bolo), Euetheola humilis, Burmeister; formigas cortadeiras,Acromyrmex spp. e Atta spp.
Dentre as medidas de controle para o manejo adequado dessas espécies na cultura incluem práticas culturais, preservação de inimigos naturais e produtos químicos.
Fonte: Sistemas de Produção EMBRAPA