14 setembro, 2012

Frutas mais baratas e legumes mais caros em agosto

Entre as frutas, houve crescimento de 2,1% na oferta e queda de 3,6% no preço. Previsão é de baratear ainda mais nos próximos dias.

As baixas temperaturas no início do mês de agosto, a grande procura por outros estados e as chuvas no início do mês de julho foram responsáveis pela queda da produção e da oferta de hortigranjeiros na CeasaMinas. No total, a oferta em agosto foi 3,2% menor em relação a julho. Na comparação com agosto de 2011, a diferença foi ainda maior: menos 6,2%. Essa situação se refletiu no aumento de 5,9% no preço dos produtos em agosto, em comparação com o mês anterior.

O grupo das olerícolas foi o que mais apresentou variação em agosto. Com oferta 7,3% menor, o preço ficou 17,4% maior – maior alta do ano até agora. No acumulado de 2012, o aumento no preço foi de 40,6%. Entre os produtos que encareceram estão berinjela, milho verde, cenoura, tomate e quiabo. O quiabo ficou 93,2% mais caro em agosto, na comparação com julho.

“Essa situação ainda não tem muito a ver com a estiagem”, esclarece Ricardo Martins, chefe da Seção de Informação de Mercado da CeasaMinas. “No caso do tomate, que está 9,5% mais caro, o que pesou foi a grande procura por outros estados. Já com a batata, o que acontece é que ela estava com um preço muito baixo. O aumento fez com que o preço agora esteja regular”, explica. O aumento da batata em agosto foi de 29,5%.

Entre as frutas, houve crescimento de 2,1% na oferta e queda de 3,6% no preço. Banana prata, mamão formosa, manga, melancia e melão ficaram mais baratos. O mamão havaí está 21,2% mais barato. “Ele deve baratear ainda mais nos próximos dias”, prevê Ricardo. Fora do grupo das frutas, alface, couve flor, abobrinha italiana, beterraba e inhame também ficaram mais baratos em agosto.

Industrializados e Cereais

No grupo dos produtos industrializados, houve redução de 4,4% na oferta. Entre os não alimentícios, a queda foi ainda maior: 10,2%. Com relação ao preço, o grupo está 3,4% mais barato. Considerando apenas os não alimentícios, o aumento foi de 0,4% no preço. Para os cereais, foi observado crescimento de 30,1% na oferta e redução de 3,3% no preço.

Fonte: Ministério da Agricultura