Já as vendas de celulose totalizam 1,265 milhão de toneladas no segundo trimestre deste ano, uma expansão de 3%.
A Fibria, uma das maiores fabricantes de celulose branqueada de eucalipto do mundo, registrou prejuízo líquido de R$ 524 milhões no segundo trimestre de 2012. O resultado reverte o lucro de R$ 215 milhões reportado no segundo trimestre do ano passado e é explicado principalmente pela despesa financeira de R$ 1,235 bilhão no intervalo. No primeiro semestre, a companhia acumulou prejuízo líquido de R$ 534 milhões, ante lucro de R$ 604 milhões nos seis primeiros meses do ano passado.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado da companhia ficou em R$ 550 milhões no segundo trimestre, uma expansão de 12% em relação ao mesmo período do ano passado. A margem Ebitda do período ficou em 37%, ante 34% do segundo trimestre de 2011 e 30% dos três primeiros meses deste ano.
No acumulado semestral, o Ebitda ajustado da Fibria encolheu 17%, para R$ 927 milhões. O Ebitda sem ajuste ficou em R$ 790 milhões no segundo trimestre, com expansão de 67% em relação ao período entre abril e junho do ano passado. No semestre, o Ebitda atingiu R$ 1,146 bilhão, expansão de 48% ante o mesmo período de 2011. A receita líquida no trimestre alcançou R$ 1,491 bilhão, expansão de 2% em relação ao mesmo período do ano passado. No acumulado do semestre, o indicador apresentou queda de 8%, para R$ 2,765 bilhões.
Vendas de celulose
As vendas de celulose da Fibria totalizam 1,265 milhão de toneladas no segundo trimestre deste ano. O resultado representa uma expansão de 3% em relação ao segundo trimestre de 2011, mas é 4% inferior ao reportado entre janeiro e março deste ano.
A retração é explicada basicamente pelas paradas programadas para manutenção nas Unidades Aracruz (ES) e Três Lagoas (MS). A operação em Três Lagoas foi concluída apenas em julho. As mesmas paradas contribuíram para que a produção de celulose no trimestre encolhesse 4% ante os três primeiros meses deste ano, para 1,275 milhão de toneladas.
O resultado, entretanto, é estável em relação ao segundo trimestre do ano passado, período no qual a Fibria também promoveu paradas programadas para manutenção. As paradas afetaram ainda o custo caixa de produção da Fibria, indicador que dimensiona a competitividade das linhas de produção dos fabricantes de celulose.
O custo por tonelada ficou em R$ 505, alta de 11% em relação aos números do primeiro trimestre. Na comparação com o segundo trimestre do ano passado, contudo, houve uma retração de 2%, o que evidencia o êxito na tentativa de controlar a alta de custos. A queda também é explicada pela antecipação para o primeiro trimestre da parada na unidade Veracel (BA), realizada no ano passado ao longo do segundo trimestre.
Quando analisado o custo caixa de produção sem o efeito das paradas, o indicador ficou em R$ 455, alta de 2% em relação ao primeiro trimestre deste ano, mas 2% inferior ao período entre abril e junho de 2011. O custo do produto vendido (CPV) no segundo trimestre ficou em R$ 1,249 bilhão, expansão de 2% em relação ao primeiro trimestre, mas estável na comparação com o segundo trimestre de 2011. A estabilidade nessa base comparativa é explicada pelo fim das vendas no segmento papel, no qual a companhia deixou de atuar no final do ano passado.
Fonte: Globo Rural (revistagloborural.globo.com)