O termo grãos ardidos refere-se aos grãos produzidos em espigas que sofreram um processo de podridão. São considerados ardidos os grãos que apresentam, pelo menos, um quarto de sua superfície com descolorações variando de marrom claro, marrom escuro, roxo, vermelho claro a vermelho escuro. Os principais patógenos causadores de grãos ardidos são Stenocarpela maydis (=Diplodia maydis), Stenocarpela macrospora (=Diplodia macrospora), Fusarium moniliforme, F. subglutinans e Gibberella zeae. Ocasionalmente, no campo, há produção de grãos ardidos pelos fungos do gênero Penicillium spp. e Aspergillus spp. Os fungos G. zeae e S. maydis são mais frequentes nos estados do Sul do Brasil e F. moniliforme, F. subglutinans e Diplodia macrospora nas demais regiões produtoras de milho. Como padrão de qualidade, tem-se adotado, em algumas agroindústrias, a tolerância máxima de 6% de grãos ardidos em lotes comerciais de milho.
Figura: Comparação de amostras de grãos de milho ardidos (A) e sadios (B).Fonte: Sistemas de Produção EMBRAPA