A podridão branca da espiga é causada pelos fungos Stenocarpela maydis (=Diplodia maydis) e Stenocarpela macrospora (=Diplodia macrospora). Os sintomas são caracterizados pela presença de um crescimento micelial denso e compacto, de coloração branca entre os grãos, que iniciam, normalmente, pela base das espigas. As espigas atacadas são mais leves e podem ser totalmente apodrecidas. Uma característica específica dessa doença é o aparecimento de inúmeras pontuações de coloração escura nos grãos e no ráquis das espigas, que correspondem aos picnídios dos patógenos, os quais servem como fonte de inóculo para os próximos plantios.
Uma característica peculiar entre as duas espécies de Stenocarpella spp. é que apenas a S. macrospora ataca as folhas do milho. A precisa distinção entre estas espécies só é possível mediante análises microscópicas, pois, comparativamente, os esporos de S. macrospora são maiores e mais alongados do que os de S. maydis. Esses patógenos sobrevivem no solo através dos esporos no interior dos picnídios e nos restos de cultura contaminados e, nas sementes, na forma de esporos e de micélio dormente, as quais constituem as fontes primárias de inóculo para a infecção das espigas. Cultivares cujas espigas são mal empalhadas, que possuem palhas frouxas ou que não se dobram após a maturidade fisiológica são as mais suscetíveis. A alta precipitação pluviométrica na época da maturação dos grãos favorece o aparecimento da doença. A evolução da podridão praticamente cessa quando o teor de umidade dos grãos atinge 21 a 22% em base úmida. O manejo integrado para o controle desta podridão de espiga envolve a utilização de cultivares resistentes, de sementes livres dos patógenos, da destruição de restos culturais infectados e da rotação de culturas, visto que o milho é o único hospedeiro destes patógenos.
Figura: Sintomas da podridão branca da espiga.Fonte: Sistemas de Produção EMBRAPA