O manejo de plantas daninhas envolve atividades dirigidas às plantas daninhas (manejo direto) e ao sistema formado pelo solo e pela cultura (manejo indireto). O manejo direto refere-se à eliminação das plantas daninhas com uso de herbicidas, ação mecânica ou manual e ação biológica. Para o uso de herbicidas é necessário identificar as plantas daninhas e o estádio de crescimento para a recomendação de doses e tipos de herbicidas. No manejo do solo (manejo indireto) trabalha-se com a relação sementes ativas e inativas. Neste caso, a recomendação é diminuir o banco de sementes das plantas daninhas, promovendo a germinação destas espécies antes do plantio e depois controlá-las com o uso de técnicas como, por exemplo, a aplicação seqüencial de dessecantes.
O manejo cultural se baseia na construção de plantas de feijoeiro com capacidade de manifestar seu potencial produtivo máximo e competir com as plantas daninhas, pela utilização de práticas como o equilíbrio na fertilidade do solo, o estande de plantas uniforme, o manejo de adubação, o arranjo espacial das plantas e a época adequada de plantio. Outro tipo de manejo cultural é o uso de cobertura morta, com capacidade de diminuição da emergência das plantas daninhas por efeitos alelopáticos e físicos. O plantio consorciado de culturas com forrageiras antes do plantio do feijão está sendo uma prática usada para a produção da cobertura morta, sem afetar o cronograma de plantio do produtor. Todas estas práticas do manejo de plantas daninhas têm a finalidade de aumentar a eficiência e a economicidade da lavoura; a preservação ambiental, evita o adensamento do solo, o acúmulo de resíduos de herbicidas e a seleção de plantas daninhas resistentes.
Fonte: Sistemas de Produção EMBRAPA