Próximo passo será a liberação de PR e SC após análise que já estão sendo realizados nesses dois Estados.
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) do Brasil e a Administração Geral de Qualidade, Inspeção e Quarentena (Aqsiq, em inglês) da China assinaram protocolo para exportação de folhas de tabaco dos Estados de Alagoas e Bahia nesta terça-feira, 28 de agosto.
O Ministério da Agricultura foi representado pelos secretários de Defesa Agropecuária, Ênio Marques; de Relações Internacionais, Célio Porto; e pelo diretor do Departamento de Sanidade Vegetal, Cósam Coutinho.
Em fevereiro deste ano, o ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho, reuniu-se com o ministro da Aqsiq, Zhi Shuping, para tratar, entre outros temas, da ampliação das áreas autorizadas a exportar tabaco. Após esse encontro, o governo Chinês avaliou requisitos fitossanitários de produção de folha de tabaco dos dois estados nordestinos, que eram os últimos procedimentos legais que faltavam para fechar a negociação.
O protocolo é resultado do reconhecimento oficial de que os Estados da Bahia e Alagoas são livres da praga quarentenária Peronospora tabacina, que é o fungo causador da doença denominada mofo azul do tabaco. O tabaco produzido nesses estados é do tipo escuro curado ao ar, e os produtores serão monitorados quanto a utilização de pesticidas, recebendo orientação para garantir o uso correto e adequado dos pesticidas. O Mapa supervisionará o plantio, colheita, processamento, armazenamento, transporte do tabaco, e será o responsável pela emissão do Certificado Fitossanitário.
A expectativa é que o Brasil irá exportar, por ano, cerca de US$ 200 milhões na exportação de folhas de tabaco para produção de charutos produzidos na Bahia e Alagoas, com a geração de cerca de 50 mil empregos diretos e deverá revitalizar 40 municípios em torno do pólo de Cruz das Almas no Recôncavo Baiano.
Até hoje a China importava tabaco apenas do Rio Grande do Sul. Com o novo protocolo foi ampliada a habilitação para os Estados da Bahia e Alagoas, e o próximo passo será vinda de uma missão chinesa ao Paraná e Santa Catarina, com o objetivo de auditar o processo de cultivo, armazenamento e transporte, assim como, avaliar, conjuntamente com técnicos do Mapa, os resultados de monitoramento e análise das folhas de tabaco produzidas nesses Estados.
De acordo com Mendes Ribeiro, os governos dos dois países querem reforçar cada vez mais a cooperação e estão prontos para resolver, por meio de consultas, os problemas relacionados à inspeção que impeçam o comércio bilateral de alimentos e produtos agrícolas.
Mercado
Os secretários do Mapa ainda trataram com representantes da pasta chinesa sobre o aumento do número de estabelecimentos brasileiros habilitados a exportar carnes de suínos, aves e bovinos. Outro tema em pauta foi o processo de análise de risco para exportar milho para a China.
Fonte: Ministério da Agricultura